Nasceu hoje o "Delito de Opinião", blogue onde vou ter o prazer de participar, beneficiando da companhia de nove magníficos escribas. Prometemos falar um pouco de tudo, desde política (portuguesa e internacional) a literatura, cinema, música e cenas do nosso quotidiano lusitano. Espero que gostem!
Foram dois anos muito divertidos, mas vamos ficar por aqui. Muito agradeço ao André, com quem partilhei este espaço num espírito de respeito e boa-disposição, e ao C.G. (volchok), que me empurrou para a blogosfera. Obrigado também aos nossos leitores e comentadores! Continuo por agora no Era uma vez a América, e palpita-me que voltarei brevemente à escrita blogosférica num outro espaço e formato.
Declaro por este meio a cessação da minha colaboração no Bem Pelo Contrário, e, por conseguinte, o meu abandono da blogosfera.Agradeço a todos os que me leram e gostaram, e muito especialmente ao José Gomes André, que partilhou comigo o seu espaço.Au revoir!
Parece que, pelo que se disse e se vem dizendo, a única coisa má no jogo do passado domingo terá sido o árbitro. Atendendo a todas as queixas, toda a gente preferiria um resultado de 5-5, com 8 penáltis marcados. Uma ideia, então: porque não fazer um jogo só de penáltis? Todos ficariam aparentemente felizes, seria talvez mais excitante do que é costume, certamente com mais velocidade do que a
Há um blogue sobre futebol que muito me agrada, e que leio com algum gosto: o 442. Hoje foi citado no programa de Pedro Rolo Duarte sobre blogues, na Antena 1. Mas ler por alto um blogue não é o mesmo que o ir acompanhando. É que dizer "... o sportinguista Katanec..." não só soa mal como pode até ser tido por insulto.
Para quem gosta destas coisas de representações históricas e de história americana, recomenda-se a extraordinária mini-série da HBO John Adams. Mas recomenda-se especialmente para quem gosta de excelente televisão e de bom cinema: it's that good!P.S. Pode ser encomendado o DVD via amazon (aqui) ou, para quem não tenha vergonha na cara, pode ser pirateada. Isto presumindo que ninguém tenha
Vinte euros perdidos na primeira vez que vi o Benfica perder ao vivo. E o pior de tudo é nem sequer ter oportunidade de insultar o árbitro ou um treinador que assume até ele ter estado mal. O adversário foi muito melhor e nada mais há a dizer. Excepto isto: no final, lembrei-me de uma expressão muito usada nos jogos de futebol de rua quando era miúdo: bailinho.
Para quem - como eu - vem acompanhado o processo eleitoral americano diariamente, o dia de hoje traz sentimentos ambivalentes. Por um lado, uma alegria extraordinária por ter assistido, comentado e vivido de perto (por vezes quase obsessivamente) esta corrida fabulosa, que começou há mais de um ano. Desde a luta nas Primárias até ao mano-a-mano Obama/McCain, estes últimos meses foram de facto
Depois de um ano e tal de acompanhamento das eleições presidenciais americanas, é com alívio que se chega ao dia 4 de Novembro. Sem desrespeito para com o meu mestre de blogue e para quem, com ele, seguiu muito de perto todo este moroso processo, permitam-me desabafar. Finalmente! Já começava a faltar pachorra para todo este espectáculo.Seja quem ganhe, será sempre um dia histórico, que colocará
Voltando aos meus tempos de administrador de condomínio. Em reunião da Assembleia, numa sexta-feira, um dos condóminos pediu autorização para subir ao telhado no dia seguinte montar uma antena privada de televisão. Todos consentiram. No sábado, com uma barulheira dos diabos, lá o homem montou a antena. No domingo, eu e ele (sub-administrador) reunimo-nos com o construtor do edifício, para
Começarei por estar na TSF a comentar a eleição e os dados que forem chegando dos Estados Unidos, entre as 23.15 e as 2 da manhã. É difícil prever se ficarei por lá (vai depender de quão longa for a dúvida na América). Se ainda conseguir, volto a tempo de escrever no Era uma Vez na América algumas observações sobre a noite eleitoral...
Agora que está mais do que comprovado, com os casos BCP e BPN, que a banca portuguesa (supervisor incluído) é tão ou mais especialista em chico-espertismo quanto qualquer português médio (só que mais eficaz, uma vez que nunca assume riscos e nunca perde seja o que for), pergunto-me se os administradores da banca portuguesa continuarão a ir à TV armados em técnicos especializados de economia
O "Público" de hoje, Domingo, contém um artigo que tive o prazer de redigir sobre a formação das coligações eleitorais e a sua importância na política dos EUA. Deixo aqui um pequeno excerto, para abrir o apetite:"A sociedade norte-americana é caracterizada por uma grande diversidade étnica, cultural, económica e religiosa. Este facto obriga os dois principais partidos políticos a funcionarem como
No espaço contíguo ao meu prédio demoliram recentemente um outro. Estão agora a construir um prédio de sete andares e com quatro caves. Início da obra: Junho de 2007. Conclusão prevista: sabe Deus.A minha rua foi fechada ao trânsito. A Câmara Municipal vai substituir a estrada e o passeio e fazer novas canalizações de esgotos. Início das obras: esta semana. Conclusão prevista: algures entre o
Apesar de escrever poucas vezes num blogue com baixas audiências, e sempre num tom ligeiro, é com alguma frequência que surgem comentários negativos (muitas vezes roçando o insultuoso) ao que escrevo, sempre com a capa do anonimato. Isso força-me a uma reflexão adicional. As caixas de comentários dos blogues, mais do que as recepções de telefonemas opinativos pela televisão ou pela rádio, acabam
Quando eu era administrador de condomínio, um dos condóminos queixou-se-me de um pretenso defeito de construção nas fracções autónomas, a propósito da posição em que fora colocado na parede o suporte do telefone da banheira (ao lado das torneiras, para aí 2 ou 3 palmos acima): «Aquilo não é um chuveiro, não é nada, vizinho. Onde é que já se viu um chuveiro em que a pessoa tem quase de se deitar
Há coisa de duas semanas, José Gil, acutilante como sempre, alertava na revista Visão para o facto de este governo conseguir pela sua indiferença uma não inscrição das discordâncias políticas dos cidadãos. As pessoas descontentam-se, manifestam-se, o governo não liga pevide, o ânimo dos manifestantes esmorece, as pessoas desistem. É a inactivação da actividade, o ausentar de performatividade de
A partir de hoje, vou passar também algum tempo no Era uma vez a América, um blogue dedicado à cultura e política dos Estados Unidos, e com enfoque nas eleições americanas, durante os próximos dias. Espero que passem por lá...
Porque é que o anúncio do aumento do salário mínimo em 5% para 2009, feito na casualidade artificial de uma entrevista sem propósito notório, quase "como quem não quer a coisa" (e nós a esforçarmo-nos por acreditar que aquilo não foi planeado de antemão), em pose "de estadista descontraído" numa poltrona, tanto me fez lembrar as surreais visitas a S. Bento pelos jornalistas quando lá estacionava
Segundo noticia o Público, a Inspecção Geral de Finanças andou a ler milhares de emails dos funcionários da DGCI no âmbito de uma auditoria interna. Milhares, diz. Para bem da paciência dos auditores-voyeures, esperemos que haja funcionários públicos trocando vídeos de diversão e pornografia.
Marcar uma consulta de clínica geral para um centro de saúde pode ser uma aventura. Telefonar para marcar a consulta não serve, diz a secretária do outro lado do telefone. "Não?!" "Não. Tem de vir cá no próprio dia, e o senhor doutor decide então se o vê nesse dia ou noutro qualquer." No fundo, tem de haver uma consulta presencial para se marcar uma consulta presencial. É a optimização da
Tem-se a certeza de que algo está errado no mundo hodierno quando se constata que o novo livro de António Lobo Antunes tem menos páginas que o novo livro de Paulo Coelho.
O único momento que me agrada nas viagens de avião é aquele muito curto em que, num dia nublado, emergimos acima das nuvens, como se nos estivéssemos a desenterrar de um solo de névoa. O sol então brilha por cima, e por baixo, mesmo rente à parte de baixo do avião, um tapete de nuvens. Nesses momentos, gosto de olhar pela janela e pensar: "This is as close as I'll ever get to Heaven..." (Assim,
Em países mais desenvolvidos, por muito frio que faça (e é frequente que faça bastante), estar entre paredes é estar num ambiente aquecido. Se passámos uma porta, certamente está quentinho onde quer que se esteja. Em Portugal, consegue-se a extraordinária proeza de por vezes estar mais frio num interior do que num exterior. A conclusão é simples: os portugueses não sabem fazer casas. Que ainda
Depois de uma semana passada num país do norte da Europa bem mais desenvolvido do que a aldeia junto a esta praiazinha chamada Portugal, a dúvida que nos assalta quando entramos em casa é, inevitavelmente, "será bom estarmos de volta?"