Estará na altura de voltarmos?
Curiosa

Se são contra o (des)Acordo Ortográfico NÃO SE CONFORMEM.
.
A ILC é o único reduto dado aos cidadãos portugueses como participação activa na Assembleia da República. Assinar faz toda a diferença.
O prazo para recolha de assinaturas foi estendido até 15/Setembro/2011 (devido à dissolução da AR).
Não se resignem. Assinem. Divulguem.
Para saberem mais sobre a ILC, consultem o sítio oficial
http://ilcao.cedilha.net/
Não é novidade a minha descrença no sistema vigente em Portugal. Enquanto reinar esta ditadura (de conchavo oligocrático) mascarada de democracia – que por certo deve revirar as tripas daqueles que verdadeiramente lutaram contra o fascismo anterior a Abril de 74 – Portugal, e os que cá vivem, não avança.
Quais as alternativas? Onde estão os altruístas? Como mudar a mentalidade de um povo sempre sedento de “papas e bolos” e do facilitismo? Será que esta crise servirá de exemplo para a mudança?
Não tenho resposta para as questões, que coloco a mim própria.
Em jeito de reflexão e no mês em que se comemora a Revolução de Abril, tendo em conta as eleições que se avizinham, não podia deixar de replicar os comentários de Medina Carreira e de Henrique Neto no último
Plano Inclinado de 12/02/2011 (
entretanto suspenso).
Nota: título do post é citação de uma frase de Henrique Neto.
A passagem
25 Mar 2011 10:18 PM (14 years ago)

“Do perfeito ao imperfeito
A distância é tão igual
Se às vezes me falta o jeito
Estou longe de ser perfeito
Mas não me leves a mal”
Em “Não me percas nunca mais”
“
A porta ao lado”. Da poesia à sonoridade, quebrando as baladas com um único toque… simplesmente adorei. Provoca com uma intimidade, que tanto poderá ser a dele, a minha, ou a de quem o oiça como quem devora um livro que nos faz viajar.

Se, como eu, não concorda com o Acordo Ortográfico, subscreva e divulgue a Iniciativa Legislativa de Cidadãos (ILC)
A ILC contra o Acordo Ortográfico (AO) está redigida e publicada. Todas as informações estão disponíveis no sítio oficial
http://ilcao.cedilha.net/
Decorre a recolha de assinaturas até 25 de Abril de 2011.
Se não concorda com o AO e deseja subscrever a ILC, bastam dois passos
1º -» Imprimir, preencher e assinar o impresso
ou
2º -» Remeter para
Apartado 53, 2776-901 Carcavelos (se por CTT)
ou
NOTAS:
- Se não sabe o seu Número de Eleitor, consulte
* o Portal do Eleitor, secção "Saiba Onde Votar"
* Ministério da Administração interna
* envie SMS para 3838 com a seguinte mensagem: RE nº identificação civil espaço data de nascimento AAAAMMDD
exemplo: RE 1444880 19531007
* ou na sua Junta Freguesia
- Para que a ILC seja admitida para discussão e votação pela AR é necessário que seja subscrita - em papel, com a identificação civil e com os dados de recenseamento eleitoral de cada subscritor - por um mínimo de 35.000 cidadãos.
- A ILC contra o AO, não é uma Petição, é um Projecto de Lei redigido e submetido a aprovação parlamentar por parte de um grupo de cidadãos, sendo esta a primeira sem qualquer patrocínio ou instituição subjacentes. A ILC contra o AO, é a forma directa e apartidária de exprimir a vontade popular à AR.
- Não se resigne, mova-se!

Por incrível que pareça, reforma, propriamente dita, não prevejo que aconteça.
Durante uns (largos?) anos, agi civicamente, crente na utopia, que um dia o sistema poderia mudar. Pois bem, por mais que soe a desistência (que não o é) ou conformismo (idem), a minha experiência de luta (se assim poderá adjectivar) trouxe-me tamanhas desilusões. O sistema mudaria, se as pessoas que o constituem mudassem, e a bem da verdade, as pessoas não mudam, adaptam-se.
Poderia referir inúmeros alegados (cruzes credo aos processos judiciais) exemplos, desde os patrocínios ocultos para militância partidária, ao adiar uma acção para um momento mais conveniente (leia-se “15 minutos de fama”), ao básico “calar” por ser socialmente/profissionalmente/politicamente correcto.
“A luta é uma alegria”, mas muitos aderem à espera de dividendos ou para expurgar fantasmas. Outros tantos, à primeira oportunidade vendem-se por 30 dinheiros. Ah e tal… os direitos… a cidadania… a denúncia… a união… a oposição… o associativismo… a pró-actividade… a fraternidade… O raio que os parta! Cambada de parasitas! – as minhas desculpas às excepções, claro está que existem.
Pessoalmente, continuo a ter os mesmos valores e costumes, agindo em conformidade com a minha maneira de ser. Mas “ajuntamentos”? Hum… não me parece. Estou numa de S. Tomé, ver para crer.
P.S.: na primeira frase, utilizei a palavra "reposta" no sentido de réplica, e não de "resposta" com gralha.
Guardo!
17 Jan 2011 6:06 AM (14 years ago)

Presa nessa cadeira de rodas da vida aguardo com ansiedade a tua chegada. Recordo não sei se com dor, se com mágoa, se com saudade desses dias que já tive quase tudo. Tudo perguntas-me?
Sim tudo que é admirado e que leva a que os “outros” te respeitem e que te dediquem atenção.
Não sei se fui mais feliz nesses tempos de abundância de tudo ou de quase nada. Tive muita coisa mas agora olhando para trás, não vejo quase nada que realmente tenha semeado. Houve tempos idos que qualquer data que fosse digna de assinalar toda a gente ligava, ninguém queria ficar para último.
Agora o tempo corre lento e silencioso. Ainda te lembras quando eu era capaz de ajudar quem precisava? Ao menos nessas alturas essa ajuda alivia-me a dor, essa dor de criança de quem teve que regatear um carinho e um abraço.
O tempo encarregou-se de mutilar essa minha parte saudável e activa, aqui me plantou à beira do nada, apenas com uma esperança. Que chegues, me abraces, me atenues essa agonia de ainda ser gozada das minhas incapacidades.
Julgo que se esquecem da roleta viva que nunca pará e que lhes pode bater à porta, também nessas alturas em que cismo de mim, recordo-me sempre das tuas sábias palavras…
Se realmente gostassem de mim, gostariam independentemente da roupa que sou capaz de adquirir, da teimosia do meu corpo em não se mexer, e nesse abraço que ainda sou capaz de dar.
Sabes? Guardo esse abraço só para ti!
Maria

Em plena campanha para a eleição presidencial, dou comigo a pensar: para que serve um presidente em Portugal?
Por mais voltas que dê à reflexão (anda exausta a pobrezinha, quase iletrada), concluo que tem igual serventia à de mestre-de-cerimónias, com o benefício de se reformar passados 8 anos – salvaguardando a pré-reforma aos 4.
Eis que um neurónio grita: oh pá, olha que pode dissolver o parlamento.
Dizem os outros em couro coro: oh pá era o Sampaio, e esse só correu com o Santana.
Pois bem, sistema semi-presidencialista ou não, a participação activa (pelo menos publicamente) dum presidente é nula, puxando cordelinhos em bastidores recheados de regras implícitas, onde reina a ordem do Tacho.
Fonte da imagem: Londonices
Que o especial “direito de antena” de Carlos Cruz na RTP, deve ter deixado o comum dos mortais com náuseas (eu própria fiquei enojada), não é de espantar.
Que os Media não sejam isentos, não traz novidade.
Que a ERC se pronuncie, idem.
Que estes comunicados não tenham consequências, aspas aspas.
Comunicado do Conselho Regulador da ERC [realces meus]:
1. Na sequência da sentença do tribunal de primeira instância sobre o processo "Casa Pia", têm-se sucedido na imprensa, rádio e televisão, entrevistas a alguns dos acusados, em desrespeito, por vezes grosseiro, pelo princípio do equilíbrio, da equidistância e da igualdade de tratamento de todos os agentes envolvidos no processo.
2. O Conselho Regulador tem presente o impacto mediático do processo acima referido, e a sua indiscutível relevância no plano do exercício da liberdade de informar. Nada obsta a que os jornalistas, como qualquer cidadão, possam ter, a esse propósito, convicções, mais ou menos marcadas. Mas não pode o Conselho deixar de chamar a atenção para o facto de que os órgãos de comunicação social estão obrigados a informar de modo isento e com um mínimo de distanciamento, para mais a respeito de uma temática de tão especial sensibilidade como a que foi tratada no processo "Casa Pia".
3. Assim, o Conselho Regulador vê com preocupação, e não pode deixar de reprovar, a mediatização conferida pela generalidade dos órgãos de comunicação social a um dos condenados pelo referido Tribunal - o ex-apresentador de televisão Carlos Cruz -, em particular o canal generalista do serviço público de televisão que, nos últimos dias, lhe concedeu lugar de especial destaque, e mesmo protagonismo, em pelo menos três dos seus programas de informação de maior audiência.
4. Sem colocar em causa os princípios consagrados na Constituição e na Lei sobre a liberdade de imprensa - antes os reafirmando -, o Conselho Regulador recorda as especiais responsabilidades do serviço público de televisão no cumprimento dos princípios éticos e deontológicos do jornalismo e no respeito pelas decisões dos tribunais num Estado de Direito.
5. Não deve, com efeito, a invocação da liberdade de informar e de livre determinação de critérios editoriais servir, ainda que de forma involuntária, para transmitir convicções próprias ou para uma procura de audiências a qualquer custo, com prejuízo do equilíbrio, isenção e imparcialidade a que está, de modo reforçado, obrigado o serviço público de televisão.
Lisboa, 10 de Setembro de 2010
Passada quase uma década do Processo Casa Pia, pelo foro legal, os jovens deixaram de ser “alegadas” para serem Vítimas “de facto”. Aos que deles abusaram sexualmente – os constituídos arguidos, porque os muitos outros, enfim… -
recurso atrás de recurso, demorará outro, ou mais, tanto para que sejam considerados juridicamente pelo que são: Pedófilos.
Neste sistema promíscuo em toda a sua transversalidade, é provável que os vis criminosos não venham a cumprir a sua pena, no entanto, se bem que moralmente a culpa já tivesse sido imposta, faltava esta atribuição jurídica para validar as atrocidades, para auxiliar os jovens a encerrarem este capítulo, se tal for possível, porque a inocência que lhes roubaram, jamais lhes poderá ser restituída.
Na
sentença ontem proferida, a justiça foi a exequível nesta moldura penal. Quanto a mim, mesmo que invés do cúmulo fossem 5, 6 ou 7 anos por cada vítima, por cada acto, seja ele de violação, lenocínio ou mesmo por encobrimento, seria leve demais.
Sempre acreditei nestes jovens e louvo-lhes a resiliência, desejando que doravante os dias lhes sejam risonhos, que os seus projectos se concretizem.
Ilhas!
26 Jun 2010 4:21 AM (14 years ago)


Pedaços de nós isolados em pequenas ilhas, refúgios de dor, de saudades. Espaços vitais para nos recolhermos! Pararmos para não nos esquecermos da nossa essência, dos nossos valores e princípios. Nessa luta interior de não cedermos a essa gente excitada, embrulhada em momentos de êxtase, pintalgados de álcool, ou de brilho com banho de oiro. Malta daqui e de acolá convencida que esses momentos são os que realmente contam! Esquecidos da sua simples condição humana, que também adoece, cai, tropeça...
Esse sentimento tão bonito e grande, solidariedade!
Por vezes é necessário o silêncio, para nos ouvirmos. A ausência para entendermos de quem realmente gostamos e quem realmente nos faz falta. O mundo cada vez roda mais depressa, pela dificuldade ou quase impossibilidade de as pessoas quererem pensar. Vivem para essa aparência, entre o mau "génio" e a falta de coragem para com sinceridade, esclarecer o que está mal, o que não lhes agrada, nesse esforço que deveria ser um gosto pela conquista do entrelaçar e cruzar de sentimentos e palavras.
Sinto-me tantas vezes deslocada na minha roupa supimpa do outlet, assim como que quase ridícula perante essas "marcas potentes", imaculadas a qualquer critica. Tantas vezes brigo assim de mim para mim, na procura desse, que só pode ser defeito meu, de não ser capaz de ir fingindo que nada se passa, quando de facto passa-se. Não falo de capas, pois essas todos temos que ter, falo mesmo dessa mágoa de alguns gestos tão mesquinhos capazes de fazer sangrar. Esses olhares de cima do ombro que quando estamos mais frágeis nos fazem sentir assim tão insignificantes.
Na confusão que me faz esse milagroso estado de graça que de repente alguém nos envolve, com um toque de varinha viramos quase génios, passamos a ser "adorados", diferentes, fazem-nos sentir assim embrulhados numa áurea, conseguem fazer com que o nosso coração ceda assim a esses amores repentinos e desmesurados, aos quais já tinhamos prometido não ceder. Mas tantas vezes não nos é possível resistir, nessa imensa solidão que tantas vezes nos atinge, assim nos vamos afundando mais nessa distância da verdade e da ilusão.
Às vezes é mesmo preciso parar, ganhar alguma distância, para que não nos deixarmos abater nesse abismo de diferenças! Ganhar alguma lucidez, e nesse recolhimento chorar essas lágrimas que já vão ganhando ferrugem, de tanto serem engolidas, lamber as feridas e tentar preservar o melhor que possamos ter em nós.
A verdade!
Maria Sá Carneiro